Olhas-me como um leão e beijas-me devagar, tão devagar que
caio sobre o teu corpo respirando lentamente.
Ondulamos um no outro, cheios de terra, frutos e folhas,
deixando os nossos corpos coloridos de verão.
As árvores incendeiam-se e o mar perde-se de pasmo ante o nosso encanto.
Desenho-te uma clave de sol nas costas e sopro a areia,
que brinca com os meus seios firmes.
Lançamos um grito de sangue ao vento, crescendo em nós uma sede insaciável de vida.
Olho-te como um tigre e penetro-te com beijos quentes,
ondulantes que te sabem a laranjas e a cerejas.
Nadamos até ao centro da Terra e rebentamos em vulcões de
alegria.
Crias um barco-concha e voamos serenos rumo aos espaços
infinitos.
