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“4. Adúlteros, não sabeis
que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do
mundo constitui-se inimigo de Deus.”
http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-tiago/4/#ixzz2Mwj4FKbx
Antes de mais, este amor pelo
mundo pode traduzir-se na hipervalorização da satisfação das nossas necessidades
físicas ou intelectuais, a qual irá alhear-nos de valores como a humildade, a
generosidade, a sensatez e tantos outros.
Terei de não amar o mundo?
Mais uma vez, o recurso expressivo
aqui usado, apresentando – a dicotomia, o tudo ou o nada, poderá ser apenas uma
forma arcaica de estabelecer uma hierarquia de valores. No fundo, pretender-se-á
evidenciar a primazia do amor a Deus e demonstrar também que ele não é
equivalente ao amor pelo mundo.
O mundo tem todos os seres
vivos criados por Deus. Será nossa missão aprender a reconhecer o Seu rosto em
cada ser, pois
“40. responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas
as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim
mesmo que o fizestes.”
http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-mateus/25/#ixzz2MwvW3D8k
Portanto, não devemos
maltratar o mundo, se não, estaríamos a ser os inimigos de Deus. E sendo nós
parte deste todo, também fará sentido preservarmos a nossa vida. Se assim é, porquê
esta censura do amor ao mundo, esta aposta no despojamento integral como se nos
devêssemos libertar de alguma coisa errada. Se fomos criados com necessidades
vitais, nesta relação de dependência dos alimentos e do calor da terra, se
somos fruto da sexualidade, do prazer, se somos corpo, porquê a sua abominação?
Se no seu tempo,
Jesus olhou para os textos dos judeus e ousou proclamar o amor aos inimigos em
detrimento do seu ódio, talvez nos caiba a missão de, atualmente, sabermos integrar
uma nova visão da vida, do ser humano, do corpo, do prazer, não para contestar
o que foi revelado, mas para amar mais, muito amplamente, inteiramente, para agradecermos
tudo o que Deus nos deu e aceitarmos ser como Ele nos fez: inteligentes, de corpo
e alma unidos.
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