segunda-feira, 25 de maio de 2015

Para além de todos os meus desejos




Fui para ti teu anjo, a tua deusa venerada
E tu, como fénix, renasceste das cinzas
Mas aos medos ficaste preso na noite perdida

Não libertaste a noite para nascer o dia
Não amaste o melhor que em nós havia
Desejaste mas não te entregaste, desconfiaste

É que além de todos os meus desejos
Para além de toda a minha imensa dor
Havia uma força maior chamada amor

Um amor que tu querias tão leve
Que para mim pesava por ser tão breve
E me punha a sonhar, não a viver

Sonhei tanto, que de mim me esqueci
Cativada pelas doces palavras que ouvi
E fiquei sem corpo, fiquei sem tempo

Passa agora o tempo à minha beira
Espalhando por todo o lado a tua memória
E assim o tempo para, afogado nesta história

Queria pôr-lhe um fim, para lá da emoção
Mas a verdade, meu príncipe, é que ficaste
Impregnado na minha pele, dentro do meu coração

Dentro de mim tudo diz que fiz bem dizer-te adeus
E, se me amo, sei que doutra forma quero ser amada
No entanto, morre muito em mim, por de ti estar afastada

Quero afastar-me da agonia desta morte
Quero viver sem esta falta, que já era ausência
Quero avançar firme, lutar pela minha sorte

Luto neste luto necessário e doloroso
Cresço para além de mim própria e para dentro
E renascerei viva, forte, crente no devir amoroso

Creio na incrível beleza da paixão amorosa
E quero ser feliz por poder amar e ser amada
Como mulher querida, imperfeita, maravilhada




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